Reações de Precipitação

As Reações de Precipitação são um exemplo de transformações químicas. Caracterizam-se pela formação de um precipitado (sólido pouco solúvel) através da junção de soluções aquosas. A substância menos densa é a que precipita (forma o sólido).
Fig. 1 - Exemplo de Reação de Precipitação

Na figura ao lado está um exemplo de uma reação de precipitação (iodeto de chumbo e nitrato de potássio).  O iodeto de chumbo (sólido amarelo) e o nitrato de chumbo são o resultado da junção do iodeto de potássio+nitrato de chumbo.
A equação química que descreve esta reação de precipitação é:
Iodeto de Potássio(aq)+Nitrato de Chumbo(aq)---»
---» Iodeto de Chubo(s)+Nitrato de Potássio(aq)









Outros exemplos de Reações de Precipitação são:
- a formação das estalactites e estalagmites em grutas calcárias;
- a formação de recifes de corais;
- etc...

Transformações Químicas

As Transformações Químicas ou Reações Químicas caracterizam-se pela formação de novas substâncias com propriedades diferentes das originais e pela mudança do aspeto de uma substância.

As Reações Químicas podem ser detetadas através:
- da alteração da cor;
- da variação da temperatura;
- da variação do volume;
- da libertação de um gás;
- do aparecimento/desaparecimento de um sólido.

Formas de desencadear uma Reação Química:
- pelo calor;
- pela corrente elétrica;
- pela luz;
- pela fricção ou ação mecânica.



Fig. 1 - Corrosão do carro


O carro (figura ao lado) está coberto por ferrugem (óxido de ferro hidratado que se formou através da exposição do ferro (do carro) ao ar e à humidade. A corrosão é um exemplo de uma transformação química.







Fig. 2 - Combustão da madeira


Esta transformação química   (a da figura ao lado) é provocada através do calor. No fim da combustão irão formar-se novas substâncias, nomeadamente as cinzas.





Outros exemplos de transformações químicas são: a respiração celular, combustão do carbono, etc...

Transformações Físicas

Uma Transformação Física caracteriza-se pela alteração do aspecto de uma substância, mas não envolve formação de novas substâncias. Todas as mudanças de estado físico são Transformações Físicas.


Fig. 1 - Papel amachucado




O papel amachucado (como mostra a figura ao lado) apenas mudou de aspecto, continuando assim a ter a mesma constituição que tinha antes de ser amachucado.







Fig. 2 - Prato partido


Um prato partido também só muda de aspecto então diz-se que ocorreu uma transformação física.





Outros exemplos de transformações químicas são: mudança de um vaso de lugar, rasgar uma folha de papel, etc...

Misturas

Na Natureza, as substâncias não se encontram de uma forma geral separadas, mas, sim, fazendo parte de misturas.
Um dos grandes objectivos da Química é obter substâncias das matérias-primas que, por sua vez, vão ser matérias-primas para a produção de bens essenciais.
Para separa os diferentes componentes de uma mistura temos, em primeiro lugar, de isolar as diferentes fases dessa mistura e, posteriormente, tratar cada uma dessas fases separadamente, de modo a obter as substâncias que as compõem.

Fig.1 - Petróleo Bruto (mistura homogénea)
Misturas homogéneassão as misturas que apresentam um aspecto uniforme, igual em toda a sua extensão.

Misturas heterogéneas - são aquelas em que um ou mais constituintes são facilmente detectáveis. Nestas misturas o aspecto não é igual em toda a sua extensão.

Fig.2 - Conglomerado (mistura heterogénea)
Misturas coloidais - são as que aparentemente apresentam um aspecto uniforme e, quando observadas ao microscópio, conseguem-se distinguir alguns dos seus constituintes.






Processos de separação de misturas heterogéneas


Peneiração - é uma técnica de separação que se baseia na diferença dos tamanhos das partículas das substâncias que constituem uma mistura sólida. Nesta técnica de separação utilizado o peneiro. No peneiro ficam retidas as partículas de maiores dimensões e as com pequenas passam através do peneiro.
Ex: Utilizada na peneiração da farinha

Sublimação - técnica que permite separar uma substância sólida que sublime facilmente (ponto de ebulição baixo) de outras com menor facilidade em sublimar (ponto de ebulição alto).
Ex: Separação do iodo da areia.

Separação Magnética - é uma técnica utilizada quando um dos componentes da mistura tem propriedades magnéticas.
Ex: Separação da limalha de ferro da farinha.

Decantação - utilizada para separar partículas que se encontram no seio de uma solução ou líquido. É utilizada quando existe diferença de densidades dos materiais que constituem a mistura. Este processo não nos permite a separação completa do sólido.
Ex: Utilizada para separar a areia da água.

Decantação em funil - técnica que permite a separação de dois ou mais líquidos de diferentes densidades e imiscíveis. Os líquidos são colocados num funil de decantação e, depois de repousarem, irão formar camadas, ficando o líquido mais denso em na camada inferior e menos denso na camada superior.
Ex: Separação do azeite da água.

Filtração - é utilizada para separar um sólido de um líquido ou de uma solução. A mistura passa através de um filtro. As partículas sólidas irão ficar retidas no filtro - chamado resíduo - e o líquido irá passar através do filtro - filtrado. Para que a filtração seja bem sucedida os poros do filtro deverão ter menores dimensões do que as partículas que se querem reter.
Ex: Para separar a água da areia.

Centrifugação - esta técnica permite a separação de partículas de pequeníssimas dimensões que se encontram em suspensão num líquido. A separação é conseguida, fazendo girar a mistura numa centrifugadora a grande velocidade. Após a mistura ter estado na centrifugadora, as partículas estão no fundo do recipiente, permitindo assim a separação.
Ex: Utilizada na separação dos componentes do sangue.
Fig. 4 - Sublimação
Fig. 3 - Decantação em Funil


Fig. 6 - Filtração
Fig. 5 - Centrifugadora (centrifugação)








Processos de separação de misturas homogéneas


Cristalização - processo utilizado para recuperar um sólido cristalino que está dissolvido num líquido ou para purificar uma dada substância. Este processo pode ser realizado de duas formas:
- por uma evaporação lenta do solvente de uma solução saturada - é realizada sem grandes variações da temperatura, , obtendo-se os cristais da substância a separar (quanto mais lenta for a evaporação, mais desenvolvidos ficaram os cristais;
- por um arrefecimento - utilizada quando a substância a separar (ou purificar) diminui a sua solubilidade, no solvente, com a diminuição da temperatura.
Ex: Separação da água do cloreto de sódio.

Ebulição do solvente - técnica que permite a recuperação de um sólido dissolvido num líquido. É realizada através do aquecimento da solução saturada de forma que ocorra uma vaporização rápida e turbulenta (a chamada ebulição) do solvente. Obtêm-se cristais pouco desenvolvidos pois o aquecimento é mais rápido.
Ex: Separação da água do sal.

Destilação - técnica que consiste na ebulição de uma mistura no estado líquido, seguida pela condensação dos vapores formados. É utilizada quando os vários líquidos constituintes da mistura têm pontos de ebulição diferentes. Pode ser realizada de duas formas:
- por uma destilação simples - quando os líquidos a separar têm pontos de ebulição bastante diferentes;
- por uma destilação fraccionada - quando os pontos de ebulição dos líquidos a separar são próximos.
Ex: Destilação Simples: Separação do álcool existente no vinho.
Destilação Fraccionada: Separação dos componentes do petróleo bruto.

Cromatografia - técnica de separação que permite separar substâncias de diferentes cores e que tenham diferentes capacidades de se fixar (absorver) num material sólido. Consiste na colocação da mistura sobre o papel de filtro e no seu mergulho num solvente adequado (20% de água e de 80% de álcool). Passado um pouco verifica-se que no papel de filtro há uma distribuição das substâncias conforme a sua capacidade de absorção (cromatograma).

Fig. 7 - Destilação Simples
Fig. 8 - Cromatografia





Mudanças de Estado Físico da Matéria

Fig.1 - Mudanças de Estado Físico




Fig. 2 - Símbolos utilizados para representar os estados físicos da matéria






Ponto de Fusão - é a temperatura à qual ocorre a passagem do estado sólido ao estado líquido.

Fig. 3 - Pontos de Fusão de algumas substâncias

Ponto de ebulição - é a temperatura à qual um líquido entra em ebulição, ou seja, é a temperatura à qual um líquido passa tumultuosamente ao estado gasoso.

Fig. 4 - Pontos de Ebulição de algumas substâncias


O conhecimento do ponto de ebulição e de fusão permite-nos saber se a substância é pura e também permite determinar em que estado físico se encontra uma substância, a determinada temperatura.